E derepente (...)
E de repente para mim nada tinha graça. O sol estava quente demais, o refrigerante sem gás demais, a internet sem graça demais, as musicas estavam enjoadas demais, as pessoas repetitivas demais, o meu quarto estava vazio demais, a comida estava salgada demais. Tudo estava chato demais. Daí eu percebi que não era as coisas que estavam ruins, mas era porque eu estava tempo demais sem falar com você. E essa aflição de querer ouvir a sua voz toma conta de mim, e me deixa inquieta demais. O telefone não toca, a janelinha do msn não sobe, no orkut não aparece nenhum recado. As horas passam lentamente, e eu fico de um lado para o outro. Penso em te ligar, mas tenho medo de incomodar. Ai eu deito, levanto, bebo água, tomo banho, arrumo pela décima vez as fotos do meu mural, olho para o meu celular na esperança de ver “Nova mensagem”, e nada.