OUTRA METADE!


Escondendo o rosto entre as mãos geladas.
Tentando conter as lágrimas que caiam sem cessar, ela apertava os olhos com força, inevitável.
Alguns pensamentos de angústia passavam pela sua cabeça, mas nada se comparava com aquele sentimento tão estranho, um misto de dor e desilusão. A cada batida do seu coração, ela ficava ainda mais distante Ele caminhava rápido demais.
Impossível acompanhá-lo. Enquanto ela se esforçava para correr. Ele caminhava com passos largos muito a frente dela. E a distância entre os dois foi ficando cada vez maior. Ela já não tinha forças para segui-lo.Ele andava tão rápido, perdia-se em sua sombra. Ela tentava encontrar seu rosto em meio a multidão. Até que ele se perdeu em algum canto. E seus gestos já não eram os mesmos Nem suas palavras. Nem seus olhos.
Eles já não olhavam para a mesma direção. Seus pensamentos já eram distantes
Enquanto ela tentava encontrá-lo. Aquele rosto já se apagava.Como chuva passageira
Como vento. E levou com ele um pedaço dela. Metade de uma vida. Metade de um sonho.
Metade de um coração. E ela nesse momento procura desesperada. Mas nada encontra.
Nem sombras.
Nem ilusão.
Ficou apenas com a metade de um coração E essa metade ainda dói. As vezes queima.
Desatina.
E busca a outra metade perdida. Em vão, coração não é de papelão, Não rasga se quebra. E dói, como dói...

estas aqui ?!


Cansei de explicar para o meu coração, tantas ironias, tantas bobagens somadas a uma dose de solidão exagerada.
Você estava bem ali no meio das minhas confusões distraídas e alegrias disfarçadas.
Sabe aquele sorriso desbotado que levo comigo por todos os lados, então ele continua sem brilho, perdido no silêncio imaginário do meu coração.
Tentei encontrar você pelos caminhos ilusórios do meu pensamento, tentei deixar rastros, mas seu caminho jamais encontrou-se com o meu.
Fico aqui perdida em um espaço opaco de papel, onde a escrita me tira do mundo (metaforicamente é claro) e me leva para um infinito meu.
É lá que te encontro, nas cordas desafinadas do meu violão.
Que arranho sem pressa, embebida de nostalgia poética, que me faz ficar perto de ti, por horas a fio.
Eu entregaria se pudesse; o meu coração para você, sem dúvidas você poderia curá-lo, assim como tens o dom de salvar vidas, poderias também ter o dom de curar almas.
Sei que estás em um canto da vida procurando uma vontade explicita de sorrir melhor e tornar a vida mais leve.
Eu posso te guiar, mesmo que me perca entre as estrelas, estarei contigo...
Deixei que o vento te levasse um pedaço do meu amor, o outro pedaço continua comigo.
Guardarei aqui nas letras da minha canção.
E se vier buscá-lo
Deixarei também a minha vida
Amarrada na tua.

Tento não pensar em você


Eu tento não pensar em você. Eu tento.
Eu vou me esparramar no sofá da sala, tomar uma coca-cola e reprimir a sua presença constante aqui dentro do meu pensamento. Não consigo medir com palavras, a clareza dos fatos se perdem dentro da minha inconstância. Me proibo de pensar coisas à seu respeito.
Eu preciso saber que horas você vai dormir, preciso saber se está com frio ou calor.
Eu preciso ter certeza que você vive, mesmo que seja longe de mim. E que respira, que sente o mesmo que eu. Que possa tocar minha inocência exagerada com urgência e me levar contigo pra qualquer lugar. Meu coração pulsa involuntariamente em ordem descoordenada seguindo as leis dos meus pensamentos absurdos.
Tento de forma execessiva não olhar para trás, cada passo em falso é um rastro amargo de insolúveis lágrimas desequilibradas que se agrupam em minha face. Talvez eu congelasse ao sentir que poderia te encontrar em algum canto da cidade, ou talvez eu pudesse te abraçar sem mistérios. Escondida da própria culpa, do próprio erro.
Tenho paciência, aguardo a minha busca por você de longe ou perto, eu sinto apenas...
E se já não tenho medo, a veia da lucidez me arranca das minhas vontades.
Eu me agarro forte, na intolerância das minhas perfeições e faço tudo errado.
Deixo você ir, mesmo sem nunca ter vindo.
E me espremo nos muros das limitações, que me cercam, que se alojam aqui ao meu lado.
Eu sei que seria o máximo, eu sei que seria feliz, mas ainda assim... não tento.
E te espero mediante as ilusões mais bonitas, te cerco nos pensamentos e tento não pensar...
Mas na verdade em penso muito, muito em você.
Penso nas coisas mais tolas, nas suas palavras descritas diferentes das minhas, penso que você está aí e eu aqui, não posso te tocar.
Não mesmo, ainda assim eu penso.
E gosto, gosto de saber que também pensas.
Que apesar de tudo HOJE ser tão proibido, poderia voltar a ser algo bonito.

Leia isso, idiota!


A gente tinha tudo pra da certo, e mesmo todo mundo jurando que não, a gente dava. Você e seus jogos bobos, eu e minha mania de perseguição. Nós eramos daquele tipo de casal que briga em toda festa, mas depois de alguns cacos de vidro no chão e alguma gritaria, nos desculpávamos e terminávamos a noite sozinhos, abraçados, e dizendo besteiras no ouvido. Disso, ninguém sabia.
No último verão você resolveu quebrar todas as nossas promessas. Se desfez do meu amor, e antes mesmo que o meu coração pudesse suportar, foi atrás de novas aventuras. Você me conhece. Eu nunca desisto fácil. Liguei. Gritei. Me humilhei. Perdi meus dois amores em menos de uma semana. O próprio, e você. Será que você não percebe que em um dos momentos mais difíceis da minha vida, você disse que já não queria fazer parte dela?
Guardei todo o amor que sentia por você, e o transformei em força. Deixei minhas unhas crescer. Liguei para minhas melhores amigas. Bebi um pouco demais no final de semana, e quer saber? Foi divertido não ter que me preocupar com você.
Achei o número daquele cara que sempre sorria pra mim - não que você não saiba, mas nós temos saído. E eu estou bem. Não como antes, e talvez nem como amanhã, mas eu estou bem. Tenho recaídas, ainda dói quando vejo ou escuto algo sobre você. Mas sei que isso é absolutamente normal: A dor de amor que mais dura é aquela que nunca existiu.
Ao quebrar nossas promessas, você me fez quebrar todas as que eu tinha feito para mim mesma antes de te conhecer.
Isso não é mais uma das minhas perseguições. Eu estou apenas aprendendo a voar sem as asas que você me tirou. No verão, quando disse que queria finalmente "viver a vida", apaguei de mim tudo que vivemos. Então agora, quero que você saiba o quanto dói ser só mais uma possibilidade.
Se quer um conselho de ex e amiga, da próxima vez, não pegue o trem apenas porque ele se move. Tenha certeza de onde que chegar antes de partir, meu amor.

sinto que devo pedir desculpa aos meus leitores, já não posto nada faz tempo!
mas sou humana como todas (os) vcs rs!
estarei postando em breve, ando muito sem inspiração; e hoje particularmente não é um bom dia! ;*****