Muito e pouco de mim.
Gosto de ser menina, a fantasia é minha revolta. Me visto de mulher pra enfrentar a rotina, o disse-me-disse, os toques e os timbres. Gosto de gente que sabe decifrar, que inala o personagem, que reluta, que quer saber mais... Não entendo de gente azeda. Gosto de açúcar. Gosto de me esbaldar no sonho e não tenho hora pra acordar. Ando vestida de realidade, mas pego carona no clichê “Imaginação”. Sou solta, leve, camaleoa. Visto-me de céu. Faço-me de lua. E se quiser me pintar de “vida”, claro, possuo uma, a minha. Então por favor, não faça morada nas minhas adversidades, nem nos meus defeitos, pareço clara, mas sou feita de noite. Costumo vestir o tempo, não tenho contrato com o atraso, quer correr? Corra. Eu tô lucrando. Nasci com a sorte de ser apenas partida.
Escute o seu coração.
Acho lindos esses amores escancarados, que são cuspidos na cara de quem quiser ver.
Acho lindas todas as manifestações públicas de afeto, mas acho ainda mais lindo o sentir.
Do que adianta sorriso no rosto, sentimento exposto e coração frouxo?
O amor é um sentimento que não se explica, se aplica apenas, todos os dias.
Você o faz crescer, independente de anunciá-lo aos quatro cantos e aos sete ventos.
Amor é quase um sussurro, um burburinho bom, causado pelo pensamento e pelo coração, na mais repleta conexão. Então, prefira amar, ao invés de proclamar. Ninguém ama com tanto barulho. O amor pede silêncio absoluto.
É neste ambiente calmo e acolhedor que ele cresce, repentinamente, engolindo qualquer som que seja mais forte que o danado tum-tum-tum, que só um bom coração sabe repetir com clamor.
Portanto, faça silêncio e escute o seu coração.
Fatos do dia-a-dia (6)
"Odeio quem diz que vai e depois retira a palavra. Quem sempre inventa um senão de última hora. Quem não banca seu desejo. Quem finge intensidade para soar romântico. Adiar não é esperança. Um sim pela metade é não. Respeito aquele que sofre de medo, jamais respeito aquele que aceita ser menor do que o medo. Respeito aquele que sofre de dúvida, jamais respeito aquele que coleciona incertezas. Na paixão, ou é ou não é. Não se negocia com a loucura."
Com respeito.
Homem que fala mal da ex: não confio. Eu posso e vou fazer esse papel como ninguém, não preciso de ajuda. Vou debochar das roupas, criticar o cabelo, o jeito de falar, vou frisar a falta de noção e vou compartilhar meu sentimento de desprezo por um post da bonita de fevereiro de 2005. Porque sim, eu vou revirar essa timeline até a data do nascimento. Talvez eu não divida todos esses prazerosos momentos com o boy, mas certamente choverão prints no WhatsApp das minhas amigas. Mas eu sou mulher e sou a atual, logo, essa é a minha função. É a natureza que corre pelas minhas veias e grita pelos meus poros: veneno. De mulher pra mulher. A gente sabe que é assim que funciona. Cara feia de sobra e, mesmo se não existir defeito, a gente arruma mais de mil. Tudo isso perfeitamente maquiado com um insuportável ar de superioridade e jogação de cabelo, quando a gente esbarra com a figura em alguma esquina da vida. Mas eu, veja bem, não tenho e nunca tive nenhum laço afetivo com a sujeita. Ela nunca sonhou filhos comigo, nem nunca fizemos planos juntas. Nunca nos juramos amor, nem eterno nem a curto prazo. Eu nunca tive o corpo, a alma, o sorriso dela numa noite qualquer. Nunca curtimos o silêncio, olhando pro teto e agradecendo pela paz no peito. Então eu posso. Mas não admito que o bonito fale da infeliz com desdém. Carinha de nojo, cuspindo no prato que comeu. Não admito porque, um dia, ambos se fizeram felizes. Não quero ouvir palavras pesadas, detalhes sujos dela. Não quero saber no que ela era ruim e o quão ruim era. Não quero que faça tão pouco do que um dia foi tudo pra outro alguém. Quando o assunto é hombridade, respeito é o mínimo. Amanhã, quem sabe, a ex sou eu. E não quero meus detalhes expostos por um menino.
"Escrever para não explodir, ou, sumir."
Eu sei que eu sempre quis "crescer" e meus pais diziam que eu iria querer ser criança quando enfim crescesse. E, mais uma vez, eles tinham razão. Como na maior parte da minha vida.Hoje me vejo impotente com medo e meio sem "vontade". Vontade de continuar consertando as coisas, vontade de continuar segurando as pontas e fazendo pontes, continuar tentando fazer todos à minha volta feliz, e são falidas essas tentativas, sempre falta algo, alguém, na maior parte das vezes são as minhas vontades e felicidades plenas e genuínas que são deixadas pro segundo tempo, até na reserva e vou vivendo da felicidade alheia, sonhando os sonhos dos outros...
Queria poder gritar, literalmente: GRITAR. Para poder ver, tentar, tirar esse nó, essa angustia no meu peito, que sobe pela garganta e ultimamente, tem chegado direto aos olhos.
Ninguém se preocupa realmente, ninguém olha pra mim, logo eu que olho pra todo mundo, ninguém acha que comigo é serio, estou perdida, vivendo dias vazios, cheios de rotinas e obrigações, e, cheguei a conclusão que espaços vazios ocupam muito espaço. Meu HD encheu e não tem ninguém pra me formatar, que bom seria, se, só se, quando quando escrevêssemos junto com as palavras a tristeza e a angustia se fossem, ou ficassem presas em um outro lugar, que bom seria.
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