"Escrever para não explodir, ou, sumir."
Eu sei que eu sempre quis "crescer" e meus pais diziam que eu iria querer ser criança quando enfim crescesse. E, mais uma vez, eles tinham razão. Como na maior parte da minha vida.Hoje me vejo impotente com medo e meio sem "vontade". Vontade de continuar consertando as coisas, vontade de continuar segurando as pontas e fazendo pontes, continuar tentando fazer todos à minha volta feliz, e são falidas essas tentativas, sempre falta algo, alguém, na maior parte das vezes são as minhas vontades e felicidades plenas e genuínas que são deixadas pro segundo tempo, até na reserva e vou vivendo da felicidade alheia, sonhando os sonhos dos outros...
Queria poder gritar, literalmente: GRITAR. Para poder ver, tentar, tirar esse nó, essa angustia no meu peito, que sobe pela garganta e ultimamente, tem chegado direto aos olhos.
Ninguém se preocupa realmente, ninguém olha pra mim, logo eu que olho pra todo mundo, ninguém acha que comigo é serio, estou perdida, vivendo dias vazios, cheios de rotinas e obrigações, e, cheguei a conclusão que espaços vazios ocupam muito espaço. Meu HD encheu e não tem ninguém pra me formatar, que bom seria, se, só se, quando quando escrevêssemos junto com as palavras a tristeza e a angustia se fossem, ou ficassem presas em um outro lugar, que bom seria.